A Confederação Brasileira de Golfe (CBG) divulgou na noite da última terça-feira (20), em evento realizado na zona sul de São Paulo, o calendário da modalidade para 2011. Impulsionada pela volta do golfe aos Jogos Olímpicos a partir de 2016, a entidade reuniu empresários e parceiros para apresentar os torneios da próxima temporada e estimular o interesse por respectivas cotas de patrocínio disponíveis.
Entre abril e setembro, será organizado pela primeira vez no país o Circuito Brasileiro de Golfe, intitulado CBG Pro Tour, a ser disputado em quatro etapas, divididas entre os Estados de Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. Para essa competição, ainda não há patrocínios firmados. A cada rodada, serão distribuídos R$ 100 mil em prêmios, e os melhores colocados se classificam para o Brasil Open.
Em maio, ainda haverá o HSBC LPGA Brasil Cup, torneio de golfe feminino que já conta com o patrocínio, que engloba a cessão dos naming rights, do banco HSBC. O custo dessa competição será de R$ 4 milhões, dos quais “boa parte” será arrecadada por meio do aporte feito pela companhia, que preferiu não especificar qual o tamanho exato desse montante. Por reunir algumas das principais golfistas do mundo, a premiação irá superar os US$ 700 mil, a maior da América do Sul.
O ano será encerrado, em dezembro, com o Brasil Open, principal competição nacional que deixou de ser chamada de Aberto do Brasil para ser renomeada em inglês. A disputa já foi patrocinada pelo HSBC em duas ocasiões, em 2008 e 2010, mas permanece sem parceiros para a edição de 2011. A presença do banco londrino no próximo ano é tida como provável, mas ainda depende de alguns detalhes para ser oficializada. A premiação aos vencedores será de R$ 250 mil.
Durante todo o evento, os organizadores se empenharam em esclarecer possíveis pormenores que pudessem desanimar parceiros em potencial a apoiar algum torneio. Qualquer patrocínio, por exemplo, seria feito por meio da Lei de Incentivo ao Esporte e renderia benefícios fiscais na ordem de 1%. Esse desconto, lembraram, não conflita com os 4% já recebidos por meio da Lei Rouanet, ligada a projetos culturais.
A apresentação consistiu nas projeções feitas pela CBG para o golfe nos próximos cinco anos, até os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A cada torneio apresentado, a entidade se propôs a demonstrar qual o potencial da modalidade no Brasil e a lembrar que há cotas disponíveis. O CBG Pro Tour e o Brasil Open ainda não possuem parceiros, enquanto o LPGA Brasil Cup, apesar de já ser patrocinado pelo HSBC, busca por novas companhias para propriedades menores.