O fim do mandato de Renan Vieira, ex-presidente do Fortaleza, foi melancólico. O clube, que esteve na divisão principal do futebol brasileiro até 2006, amargou campanha medíocre na Série C, distante do principal rival Ceará, que ficou no meio da tabela da Série A. Com a maior torcida de seu Estado, segundo a pesquisa Ibope/Lance! de 2010, agora a direção do time luta para fortalecer a marca do time.
O objetivo é fazer com que as contas do clube voltem a apresentar evolução, para que o time possa almejar voos maiores em competições nacionais. O primeiro passo desse processo está no fechamento de um patrocínio máster valorizado. Hoje o clube está com o espaço principal em branco, apenas com as mangas preenchidas. A ideia da diretoria é fechar contrato logo após o carnaval e, dessa maneira, conseguir entre R$ 100 mil e R$ 150 mil mensais em patrocínios.
Por trás desse processo está o novo diretor de marketing do Fortaleza, Demetrius Coelho. “O primeiro objetivo é valorizar a marca do clube e subir a auto-estima do nosso torcedor”, afirmou.
A primeira campanha se refere aos títulos estaduais conquistados nos últimos anos. Campeão em oito edições do Campeonato Cearense na década de 2000, o time tem usado a alcunha de “Supercampeão”, enaltecendo os triunfos obtidos regionalmente.
Coelho denomina as ações do Fortaleza de “marketing motivacional”, mirando o orgulho do torcedor. Lançamentos de camisas retrôs, promoções em estádio e site remodelado, com uso de redes sociais como o Twitter, por exemplo, fazem parte de um plano que em curto prazo tenta reconquistar o público que se afastou nos últimos anos. Até uma festa de pré-carnaval está planejado para esta semana.
O departamento de marketing, que foi reorganizado, não tem orçamento para investir em ações, mas tem total autonomia do novo presidente do clube, Paulo Arthur Carneiro Magalhães, para levantar parceiros e conseguir novos empreendimentos. A reestruturação da área tem objetivo focado em levantar novas receitas para o time.
Como um marketing mais bem organizado, o Fortaleza espera conseguir um patrocínio máster que esteja condizente com o tamanho da sua torcida. Mas espera também que os associados retornem ao clube, em um plano modesto para os padrões nacionais de sócio-torcedor atual. A direção quer 5 mil torcedores adimplentes até o fim do ano.
Focado em geração de novas receitas, o Fortaleza espera encurtar suas diferenças com o rival Ceará em “mbito nacional e voltar à Série A com a mesma velocidade em que despencou para o ostracismo da terceira divisão do futebol brasileiro.