O marketing e o lado financeiro de um atleta correm lado a lado com o seu desempenho dentro do esporte. Quando as coisas vão mal nos campos, quadras ou ginásios, as chances de se complicarem também fora deles com quem investe naquela carreira são grandes. É exatamente isso que está acontecendo com a tenista canadense Eugenie Bouchard.
Considerada uma das tenistas mais bonitas da história do esporte, Bouchard mostrou ainda muito nova que poderia ser muito mais do que beleza. Em 2014, aos 20 anos e após uma ascensão meteórica, a tenista alcançou o Top 5 do ranking mundial da WTA, chegando à final de Wimbledon. À época, perdeu para a tcheca Petra Kvitova.
No entanto, ao invés de sair do número 5 para cima, começou a decair tempos depois. Hoje, apenas quatro anos depois e aos 24 anos, é apenas a 116a do mundo.
Essa queda tão drástica começou a ter reflexos fora de quadra. De acordo com o site Tênis Brasil, alguns contratos não foram renovados para esse ano, casos de Colgate (empresa de produtos de higiene oral e saúde bucal, além de produtos de higiene em geral), Aviva (empresa de seguros) e Usana (suplementos nutricionais).
Para piorar, após a derrota na primeira rodada de Indian Wells na semana passada, a tenista confirmou para o jornal norte-americano New York Times o desligamento do agente John Tobias e da LTA, empresa que agenciava sua carreira ao lado de Lagardère Sports e IMG.
Por último, ainda há um problema que pode ser ainda maior se as coisas continuarem como estão. A Nike, fornecedora da tenista, tem um acordo de produtividade com Bouchard. Como o momento da canadense é ruim e seu ranking não para de cair, o contrato não estaria rendendo nada à atleta.
O próximo passo da marca pode ser retirar a linha de roupas exclusiva que fornece à tenista. Prova de que a má fase dentro de quadra não poderia estar influenciando mais negativamente à canadense fora dela.