A disputa entre o comitê organizador local dos Jogos Olímpicos de 2012 e a Associação Olímpica Brit”nica (BOA, na sigla em inglês) fica mais intensa na medida em que o evento se aproxima. Nesta semana, o conflito levou o grupo que cuida da competição a excluir de suas reuniões dois diretores da entidade esportiva.
O veto atingiu o lorde Colin Moynihan, presidente da BOA, e Andy Hunt, diretor-executivo da entidade. Os dois foram afastados de decisões do comitê organizador local enquanto durar o imbróglio entre a entidade que eles representam e o grupo que organiza os Jogos.
O afastamento foi confirmado em comunicado oficial da própria BOA, que rechaçou tomar medidas similares com diretores do comitê organizador local. “Não achamos que isso seja necessário”, disse o documento.
A BOA e o comitê organizador local discutem sobre o repasse do dinheiro amealhado com os Jogos Olímpicos de 2012. A entidade esportiva será responsável pela preparação dos atletas do Reino Unido para o evento, mas tem de gerenciar um déficit de dez milhões de libras (R$ 27 milhões) em suas contas.
Um contrato assinado em 2005, que fala sobre o plano comercial de Londres-2012, fala sobre um repasse de verba do evento para a BOA. O problema é que a entidade espera receber sua cota de 20% somente dos Jogos Olímpicos, que são lucrativos, sem incluir na conta os Paraolímpicos, que são subsidiados.
Em comunicado recente, o comitê olímpico internacional (COI) deu razão ao comitê local na disputa. Diante disso, a BOA decidiu acionar a corte arbitral do esporte (CAS, na sigla em inglês), com sede em Lausanne (Suíça).