A Nascar, principal categoria do automobilismo americano, fará mudanças em sua estratégia de patrocínio. A ideia é introduzir um sistema de parceria em camadas, modelo parecido com o adotado pela NCAA, o basquete universitário do país. As informações são da ESPN.
O novo modelo veria certos ativos da Nascar empacotados para patrocínio pela primeira vez. Os naming rights da Nascar Cup Series, além de parceiros de primeiro escalão e sinalização televisiva, farão parte da estratégia. Além disso, o objetivo também é introduzir oportunidades para marcas em determinados setores e aspectos da categoria que nunca foram monetizados ou empacotados para aportes.
De acordo com a emissora, a Nascar está buscando cerca de US$ 20 milhões por ano em acordos de primeiro escalão de patrocínio, quase dobrando as estimativas iniciais feitas pela própria ESPN em junho.
Dessa forma, o novo pacote seria lançado a parceiros em potencial, com US$ 15 milhões concentrados em ativos durante toda a competição e também nas instalações de cada corrida, enquanto os US$ 5 milhões adicionais seriam usados para gastos com mídia.
Como parte do novo sistema, a categoria principal ficaria conhecida simplesmente como Nascar Cup Series, ao invés de Monster Energy Nascar Cup Series, designação atual que tem os naming rights comprados pela marca americana de bebidas energéticas.
A mudança é uma estratégia adotada pela Nascar para obter mais receita e, assim, ter mais condições financeiras para realizar ações que ajudem a alavancar o interesse do público americano. A categoria vem registrando quedas sucessivas de audiência nos últimos anos.
Vale lembrar ainda que, no mês passado, a Nascar sofreu um baque inesperado, com a Fanatics, gigante do varejo on-line nos EUA, rescindindo seu contrato de patrocínio de dez anos apenas quatro anos após a assinatura. A atitude foi tomada por conta do baixo resultado alcançado pela empresa nas corridas.
O acordo original, que começou na temporada de 2015, foi uma grande mudança em relação à forma como as mercadorias relacionadas a pilotos e equipes eram normalmente vendidas nas pistas. Antes, o comércio era feito do lado de fora das pistas.
A Fanatics, então, apostou em uma grande estrutura de barracas para vender os produtos da categoria. No entanto, houve resistência por parte de fãs que preferiam o modelo original, e a ideia, que era para durar dez anos e gerar bastante receita para a Nascar, acabou seis anos antes do que deveria.