Com o intuito de sediar a Copa do Mundo de 2022, o Japão finalizou as apresentações, nesta quarta-feira (1º), com argumentos contrários às outras candidaturas. Em vez de evidenciar o legado econômico e social deixado no próprio país, os orientais focaram no desenvolvimento da próxima geração do futebol mundial, com propostas repletas de inovações tecnológicas, e na união das nações.
O projeto japonês engloba a criação de 400 fan fests em todo o mundo, de maneira que até mesmo regiões sem eletricidade possam acompanhar às partidas do Mundial, mas a promessa mais tentadora é ainda mais surpreendente. O país propõe levar as partidas, em tempo real, em três dimensões, a 208 estádios espalhados pelo mundo, inclusive o Maracanã, citado durante a apresentação.
“Não se trata de um ou dois países sediando a Copa do Mundo, mas 208 nações recebendo, juntas, quando o Japão será apenas o coordenador”, argumentou o presidente do comitê da candidatura e membro do comitê executivo da Fifa, Junji Ogura. “O objetivo da Fifa é identificar a ideia mais revolucionária, e, apesar de dizerem que isso é ficção científica, o Japão pode fazer isso acontecer”.
Para justificar a proposta, o país fez leve provocação aos Estados Unidos, que concorrem pela mesma ocasião. “Em 1994, eles levaram 3,6 milhões de espectadores para assistir à Copa”, afirmou o CEO do comitê da candidatura, Kohzo Tashima. “Nós iremos levar 360 milhões de pessoas aos estádios, cem vezes mais, e estimamos audiência global de cerca de 50 bilhões”.
O ministro dos esportes japonês, Kan Suzuki, transmitiu pedidos de desculpas do primeiro ministro do país, Naoto Kan, por não estar presente, devido aos impasses políticos existentes no Japão, mas reforçou o comprometimento do governo para que as promessas sejam cumpridas. O presidente da Sony, Howard Stringer, também discursou, representando o apoio da iniciativa privada.