A conquista Sebastian Vettel na temporada 2010 da Fórmula 1 não foi impactante apenas pela reação do piloto da Red Bull na última corrida – ele chegou à etapa derradeira da disputa em terceiro lugar, venceu a prova em Abu Dhabi e contou com uma combinação de resultados ruins dos rivais para ficar com o título. Primeiro alemão a ser campeão da categoria depois de Michael Schumacher e mais jovem da história a alcançar o topo da disputa, o germ”nico também criou um frisson entre empresas de seu país que investem no automobilismo.
O feito de Vettel, ainda que seja recente, já conseguiu aumentar o interesse de marcas pelo automobilismo. Afinal, o alemão é apenas o segundo representante do país a vencer uma temporada de Fórmula 1 – o outro foi justamente Schumacher, dono de sete taças.
Vettel ainda carrega dois fatores extremamente favoráveis: é jovem (completou 23 anos em 3 de julho) e venceu sem ser favorecido pela Red Bull Racing. O espanhol Fernando Alonso, líder da Fórmula 1 até a última prova, havia recebido ajuda da Ferrari quando a escuderia pediu ao brasileiro Felipe Massa que permitisse uma ultrapassagem do companheiro no Grande Prêmio da Alemanha.
“Para o automobilismo alemão, isso é a melhor coisa que podia ter acontecido”, disse Norbert Haugh, diretor de esporte a motor da Mercedes Benz, em entrevista à SID, subsidiária da agência de notícias AFP.
Outra companhia alemã que se animou com a vitória de Vettel foi a BMW. Em 2004, o piloto disputou a Fórmula BMW da Alemanha e foi campeão com 18 vitórias em 20 provas. Em 2006, estreou na Fórmula 1 como piloto de testes da BMW Sauber.
“O sucesso dele, certamente, terá um efeito. Muitos fãs vão querer copiar a trajetória dele desde os karts. Ele tem sido consistente e aprendido muito”, disse Mario Thiessen, diretor de esporte a motor da BMW.
A despeito de as duas companhias terem demonstrado empolgação com o sucesso e o futuro de Vettel, nenhuma delas revelou planos para aproveitar o impacto que isso pode causar no mercado do automobilismo alemão.