Vinte empresas se uniram na manhã desta quarta-feira para anunciar o “Pacto pelo Esporte”, iniciativa que cria uma série de condições para confederações, federações e clubes receberem patrocínios.
Foram criadas 10 cláusulas para serem seguidas pelas empresas, com o intuito de ter gestões mais transparentes e eficientes e, dessa maneira, possam produzir um cenário mais seguro para os investimentos. Entre as cláusulas, está a condição de patrocínio restrito a quem tenha um conselho independente, com prestação de contas públicas e contratações transparentes.
Com a promoção do “Atletas pelo Brasil”, Instituto Ethos e LIDE Esporte, Aché, Banco do Brasil, BRF, Bradesco, Carrefour, Centauro, Coca-Cola, Construtora Passarelli, Correios, Decathlon, Estácio, EY, Gol Itaú, Johnson & Johnson, McDonald’s, P&G, Somos Educação, TAM e Vivo se uniram ao grupo.
Na apresentação, o presidente da Aché, Paulo Nigro, resumiu a atuação mais ativa do grupo com as entidades esportivas: “Sendo pragmático, é preciso buscar uma segurança jurídica para os patrocínios”.
Em conversa com a Máquina do Esporte, o presidente da Gol Linhas Aéreas, Paulo Kakinoff, reforçou a preocupação do grupo. “Precisamos mitigar a possibilidade de corrupção nas entidades. Não é função do patrocinador fazer auditoria no patrocinado, mas vamos exigir que ela seja feita”, afirmou.
A Gol, assim como o Itaú, a Vivo e a BRF, é um dos patrocinadores da CBF, entidade que teve o ex-presidente preso há poucos meses. O Banco do Brasil, que também assinou o pacto, chegou a suspender os investimentos na CBV após uma série de escândalos. Os contratos que estão em vigor serão respeitados, mas os próximos já deverão estar enquadrados nas novas condições. As entidades esportivas terão dois anos para se ajustarem.