A um mês do Campeonato Paulista de basquete, o Araraquara ainda não sabe se terá condições financeiras de disputá-lo. A equipe, patrocinada na última temporada por pool de empresas da cidade do interior de São Paulo, contava com a renovação do acordo, mas essas companhias desistiram do patrocínio, e a situação se agravou.
“As empresas alimentavam tanto o basquete do Araraquara quanto o futebol do Ferroviária até maio deste ano, mas o pool foi desfeito, porque a maioria das empresas não continuou nele”, conta José Roberto Fernandes, vice-presidente da associação de basquete. “Nossa esperança era que eles continuassem, então está muito difícil”.
Para piorar, a equipe ainda deve um mês e meio de salários aos jogadores da última temporada, débito que deverá ser quitado com crédito a receber do banco Bonsucesso, um dos antigos patrocinadores. Essa é a última verba que o Araraquara irá adquirir, pois não há nenhuma outra fonte de recursos disponível no clube.
“O ginásio Gigantão nos gerava uma boa renda antes de ser interditado, e criar um sócio-torcedor demoraria demais, porque estamos correndo contra o relógio”, acrescenta o vice-presidente. A única saída, portanto, é captação de patrocinadores, e até agora os dirigentes da equipe não encontraram ninguém disposto a tal.
O maior risco, já admitido como possível por Fernandes, é que o Araraquara não participe das próximas edições do Paulista e do Novo Basquete Brasil (NBB), principal torneio do país na modalidade, do qual é fundador. “Nós preferimos pagar os salários atrasados a disputar, porque não podemos assustar atletas sobre a cidade”, conclui.