A English Premier League começa neste sábado sua 21ª temporada no formato atual, trazendo de volta um dos mais disputados torneios de futebol do planeta. E apesar dos grandes investimentos em jogadores feitos por clubes como Chelsea, Manchester City e Manchester United, a liga mostra também a má situação econômica dos clubes ingleses.
Das 20 equipes que participam do campeonato, correspondente à primeira divisão do futebol da ilha, 18 têm dívidas no mercado, que somadas chegam a cerca de 1,8 bilhões de euros, segundo informações do jornal inglês The Guardian. Somente Stoke City e Wolverhampton permanecem sem dívidas no último ano.
Mesmo com essa situação, os clubes da EPL são os que mais gastaram até o momento em contratações durante o mercado de verão europeu, com 384 milhões de euros, superando a Itália, com 280 milhões, e a liga francesa, com 197 milhões.
A cifra é alta se se considera que, na última temporada, as equipes da Premier registraram um déficit de 460 milhões de euros, segundo a consultoria Deloitte. Os gastos em salários representam a maior parte desse valor, chegando a cerca de 70% do total.
Desde 2008, a Uefa vem alertando os clubes europeus sobre o excesso de gastos e os possíveis efeitos de grandes contratações e salários para a saúde financeira das ligas europeias. Nos últimos anos, a organização tem agido em conjunto com as federações nacionais para punir os clubes que não arquem com seus compromissos financeiros. Porthsmouth, Mallorca e Besiktas são algumas das equipes que sofreram punições da Uefa e não puderam disputar compitições continentais após não cumprirem os requisitos econômicos estipulados pela organização.