A crise ética no futebol mundial às vésperas da Copa América do Chile, que terá início nesta quinta-feira (11), esfriou a promoção do torneio pelos patrocinadores. A última ação de ativação do evento foi divulgada exatamente no dia 27 de maio, data da deflagração do escândalo de corrupção que levou oito dirigentes à prisão em Zurique, na Suíça, pela Kellogg’s. Um dia antes, a TAM lançou o programa “Sonho Com A Final”, que levará duas pessoas para assistir à final da competição, em Santiago do Chile, no mês de julho.
As ações cessaram depois das denúncias feitas pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos de fraude e corrupção. Um dos focos das investigações são os direitos de transmissão da Copa América, colocando em xeque a lisura do campeonato sul-americano e levando os patrocinadores a tratarem sua relação com o evento de maneira cautelosa.
A Máquina do Esporte entrou em contato com as 11 empresas associadas ao torneio. Santander, Claro e TAM não comentam o escândalo. A companhia aérea, contudo, ressaltou que terá pequenas ações durante a realização dos jogos. Mastercard, Kia e Coca-Cola não acrescentaram nada aos comunicados oficiais divulgados nas últimas semanas, em que pediam ética e transparência no futebol, sem falar claramente sobre a relação com a Copa América.
Diante do cenário conturbado, DHL e Kellogg’s acionaram suas matrizes para dissociar suas marcas da crise de corrupção que domina as manchetes esportivas há duas semanas. “A DHL não está relacionada de nenhuma forma ao caso aberto pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos contra FIFA. Nós patrocinamos o torneio Copa América Chile 2015 trabalhando a logística do evento”, afirmou Maria Garcia, diretora de comunicação da empresa nos EUA.
A marca de cereais seguiu a mesma linha em nota oficial: “A Kellogg’s reitera que não está envolvida nos recentes episódios relacionados à entidade organizadora da competição e que segue atuando de maneira ética, dentro da lei e promovendo uma vida ativa”, diz o texto.
Canon, Airbnb (patrocinadora local) e Opta (parceria oficial de estatísticas) não se pronunciaram até o fechamento desta matéria.