Líder da Deloitte Money League, a lista dos clubes mais ricos do mundo elaborada pela empresa de consultoria brit”nica, pelo quarto ano consecutivo, o Real Madrid não tem o que reclamar das suas finanças. Os clubes espanhóis em geral, porém, não podem dizer o mesmo. Pela terceira vez nos últimos cinco anos, apenas os dois maiores do país entraram entre os 20 primeiros, deixando a liga local atrás de Inglaterra, Itália e Alemanha. O resultado, a princípio, seria mais um reflexo do predomínio de Real Madrid e Barcelona sobre os seus pares. O primeiro recebeu 365,8 milhões de euros (R$ 1,06 bi) no ano fiscal 2007/08, enquanto os catalães somaram 308,8 milhões de euros (R$ 897 mi) e mantiveram a terceira colocação no ranking. Valencia, Sevilla e Villareal, forças secundárias no panorama esportivo do Campeonato Espanhol, sequer aparecem na lista. Nos últimos cinco anos, apenas o primeiro do trio figurou na aferição da Deloitte, em 2008 e 2006, mas sua melhor colocação foi um 17º lugar. As ligas rivais, porém, emplacam uma formatação diferente. O Campeonato Inglês lidera o ranking com sete clubes lembrados, contra quatro italianos, quatro alemães, dois franceses e até um turco, além dos dois espanhóis. Para Jorge Valdano, ex-dirigente do Real Madrid e hoje diretor da Escola de Estudo Universitários do clube, o segredo está na atuação da Liga de cada um dos países. ?Todos os campeonatos tem poucos times disputando, e o conjunto faz a diferença. No Campeonato Inglês, por exemplo, eles negociam muito melhor os contratos de televisão, e isso faz diferença no fim?, disse o ex-jogador argentino.