Foram quase três anos de estiagem, mas o WWE voltará à televisão brasileira na próxima semana. O show de luta-livre, que até 2008 foi exibido pelo SBT, fechou um acordo com a TV Esporte Interativo para a exibição de um programa semanal às 22h de quarta-feira. Com isso, curiosamente, conseguiu vincular dois planos diferentes de expansão.
No caso da TV Esporte Interativo, o WWE é uma resposta a uma série de pedidos de espectadores. Mas também revela um esforço da emissora para fortalecer seu conteúdo, sobretudo fora do futebol.
“Existem algumas coisas nessa relação. Primeiro há a relev”ncia que o WWE tem para o público, que é muito grande. A gente foi pesquisar e viu que era mais um nicho. No Brasil, sempre houve uma demanda muito grande para que tivéssemos WWE na grade. Eles já têm uma base de fãs no Brasil, que é muito ativa na internet, um terreno que nós queremos explorar mais. O segundo item é uma compatibilidade muito grande entre nós e o WWE, que é uma instituição muito organizada e muito profissional. E há um terceiro motivo, que é a diversidade. Estamos buscando diversidade na nossa grade”, disse Maurício Portela, vice-presidente de produção da TV Esporte Interativo.
O executivo não revelou detalhes da parceria com o WWE, mas esse não é o primeiro negócio recente que o canal fecha com a ideia de ampliar sua oferta de conteúdo. A emissora também adquiriu pacotes de vôlei, basquete, judô e tênis de mesa.
“Estamos em um momento muito bacana de conteúdo, que é o melhor da história do Esporte Interativo”, classificou Portela.
No entanto, o canal não é o único que vislumbra no acordo com o WWE uma chance de expansão. Essa também é a ideia da liga de wrestling dos Estados Unidos. “Acho que estamos prontos para crescer no Brasil. Vamos passar o show semanal, e isso vai iniciar um incremento de audiência”, projetou Evan Bourne, um dos protagonistas do evento.
A retomada das transmissões de WWE no Brasil é o primeiro passo da liga para tentar aproveitar a penetração que o evento tem no país. Depois disso, a ideia é criar eventos locais e iniciar a venda de produtos oficiais na região.
“No mundo ideal, amaríamos passar um tempo no Brasil e incluir o país no nosso tour. Já estamos no Chile, e estamos muito perto de vir para cá. Assim que aumentarmos a nossa base de fãs, vamos fazer eventos ao vivo no Brasil e iniciaremos ações de merchandising”, concluiu Bourne.