Na temporada 2009/2010, a ZonSagres, primeira divisão portuguesa de futebol, agregou 317 milhões de euros no volume de negócio, o que significa o dobro do obtido há uma década. Em 2000/2001, esse valor chegou a 156 milhões, mas o que poderia indicar crescimento esteve estagnado nas últimas quatro temporadas.
O último salto significativo ocorreu entre as temporadas de 2005/2006 e 2006/2007, quando o valor passou de 239 milhões de euros para 310 milhões, número próximo ao alcançado em 2010. No meio termo, o valor chegou a baixar para 300 milhões, em 2007/2008.
Na primeira metade da década de 2000, houve mais um pico no volume de negócios. Na temporada 2003/2004, o valor chegou a 278 milhões de euros. Trata-se da temporada anterior à Eurocopa realizada em Portugal. O último salto, em 2006/2007, foi após a seleção portuguesa ter chegado em quarto lugar na Copa do Mundo da Alemanha.
Os 317 milhões de euros em volume de negócios significam 0,2% do PIB de Portugal, o que indica a maior proporção entre as principais ligas europeias. Inglaterra e Espanha vêm em seguida. No caso inglês, o segundo lugar ocorre mesmo com um valor de negócio significantemente superior. A Premier League gera 2,479 bilhões de euros.
O futebol português também tem convivido com dívidas crescentes, que hoje chegam a um valor quase triplicado do que é envolvido em negócios. Nos últimos dez anos, o futebol profissional do país somou quase 500 milhões de euros em dívida. Na temporada 2009/2010, o prejuízo chegou a 55 milhões de euros.
Segundo o estudo, a solução para o futebol português é procurar fontes de receitas que estejam além do estagnado mercado interno do país. Mas ressalta que “a estratégia depende da iniciativa e das vantagens competitivas de cada clube”.
O estudo foi encomendado pelo presidente da Liga Portuguesa, Fernando Gomes. Foi feito por uma equipe da Universidade Católica de Porto, com a colaboração da Delloitte.
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