A realização da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos deve proporcionar um impacto de R$ 285,2 bilhões na economia brasileira entre 2010 e 2027. Esse é o resultado de um estudo feito pela Fundação Instituto de Administração (FIA) a pedido do Ministério do Esporte.
O levantamento mostra que a Copa do Mundo deve criar 710 mil empregos, sendo 330 mil permanentes e 380 mil temporários, com um aumento de R$ 5 bilhões no consumo das famílias brasileiras entre 2010 e 2014. Os Jogos Olímpicos, por sua vez, devem acrescentar 120 mil vagas de emprego por ano até 2016, média que pode chegar a 130 mil entre 2017 e 2027.
“A indústria do esporte vinha crescendo cerca de 10% nos últimos anos. Para 2010, a previsão é aumentar 15% em relação a 2009, mercado que deve dobrar nos próximos cinco anos. Só a Recoma tem, hoje, cerca de cem obras simult”neas em andamento e deve crescer 60% este ano. Nos dois últimos dois anos foram duzentas, e a tendência é que esse número aumente progressivamente”, disse Sérgio Schildt, presidente da empresa de pisos esportivos Recoma e da Associação Brasileira da Indústria do Esporte (Abriesp).
Schildt lembrou, contudo, que os números apresentados ao Ministério do Esporte só serão possíveis se a iniciativa privada e o governo cumprirem as metas de preparação para os megaeventos. No caso dos Jogos Olímpicos, por exemplo, o estudo estima que US$ 3,26 serão gerados no país até 2027 para cada US$ 1 investido na competição.
“O número de obras realizadas pelas empresas no setor deve, no mínimo, dobrar até 2016 em função do movimento esportivo no Brasil, uma ebulição que não deve premiar não apenas as cidades-sede das duas competições, mas também outras que pretendem ter algum tipo de participação. Serão beneficiados municípios vizinhos aos eventos, que, para atender a demanda, terão a necessidade de oferecer centros de treinamento, entre outros itens ligados à infraestrutura”, projetou o executivo.