Mais de dois anos após a inauguração, o Centro Paralímpico foi exaltado pela agenda cheia e pela capacidade de se adaptar a diferentes eventos. Chamado de “maior legado dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro”, a estrutura em São Paulo foi o destaque do Prêmio Paralímpicos de 2018.
Até o último ano, a premiação era feita na Sala São Paulo, a mais importante sala de concertos da capital paulista, mas sem nenhuma relação com o esporte. Neste ano, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) resolveu fazer uso da estrutura montada originalmente para os atletas, premiados da noite desta quarta-feira (12).
Igor Barcelos foi escolhido como “Atleta da Galera” (Foto: Reprodução / Site (cpb.org.br))
“Não teria lugar melhor para fazer a premiação do que a nossa própria casa”, comentou o presidente da CPB, Mizael Conrado. Para justificar, o dirigente enumerou o sucesso da estrutura neste ano. Foram 260 eventos no Centro Paralímpico, com 23 mil atletas presentes em treinamentos e competições.
E, de fato, o local impressiona. Construído ao lado do São Paulo Expo (ex-Centro de Exposições Imigrantes), o Centro Paralímpico foi inaugurado a poucas semanas do início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Fruto de uma parceria do Governo do Estado de São Paulo com o Ministério do Esporte, o espaço é considerado um dos maiores complexos esportivos focados exclusivamente em modalidades paralímpicas.
O Prêmio Paralímpicos deste ano foi a primeira vez que a estrutura foi usada e exibida como receptora de um grande evento fora dos moldes esportivos. O local já recebeu congressos, mas sem a exposição do encontro mais recente. A premiação desta quarta-feira (12) foi exibida ao vivo pelo SporTV para todo o país.
Dentro do que seriam quadras, foi montado um palco onde o cantor Lenine se apresentou, além da presença dos mestres de cerimônias do Grupo Globo: Glória Maria e Marcelo Barreto. Houve também uma área para um coquetel, onde os convidados circularam. O evento recebeu cerca de 500 pessoas.
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Com a apresentação imponente, o CPB conseguiu mostrar força para mídia, patrocinadores e público. O plano permanece na união de inclusão social com boa performance no alto rendimento, como tem acontecido em Jogos Paralímpicos.
“Eu acredito que o Centro Paralímpico será uma ferramenta que vai nos fazer avançar ainda mais em Lima 2019 (Jogos Parapan-Americanos), Tóquio 2020 e Paris 2024 (ambos Jogos Paralímpicos)”, exaltou Mizael Conrado para a plateia que lotou a adaptação da estrutura do CT para a premiação do CPB.