“Cada vez mais buscamos inserir novos elementos que não são do esporte dentro do Rio Open para poder atrair um público que não seja só do tênis”.
“No ano passado tivemos uma ótima experiência com o show do Jota Quest. Agora, teremos o Thiaguinho. Temos de ter outras atrações para levar mais gente de fora para o basquete”.
As frases de Luiz Carvalho, diretor do Rio Open, e de Álvaro Cotta, diretor de marketing da Liga Nacional de Basquete, resumem bem o pensamento que tem norteado os dois maiores eventos de esporte no Brasil além do futebol.
Neste ano, pelo segundo ano seguido, o Rio Open foi disputado sem ter a presença de Rafael Nadal, que foi uma espécie de garantia de público para as três primeiras edições da competição.
No NBB, o Jogo das Estrelas, que em 2018 acontece no próximo dia 18, é cada vez mais um espetáculo de entretenimento do que apenas um dia festivo para reunir os principais jogadores do basquete.
Um bate-papo de quase duas horas com as presenças de Carvalho e Cotta fechou a terceira edição do Curso de Férias da Máquina do Esporte. E os dois executivos foram categóricos ao mostrar que o esporte precisa, cada vez mais, pensar além da quadra para poder ter bom resultado de engajamento de fãs.
O Rio Open é um exemplo de como o torneio já extrapola o tênis e começa a virar um acontecimento social. Carvalho revelou que a organização estuda criar um “ground pass”, que é um ingresso a ser vendido apenas para a pessoa poder circular pelas dependências do Jockey Club do Rio, onde ocorre o evento.
“Gostamos de pensar no termo ‘sportainment’, que é a junção do esporte com o entretenimento. Tem muita gente que vai para lá curtir a atmosfera do espaço. Elas ficam nos stands dos patrocinadores, na praça para ver um show… No fim, queremos dar oportunidade para quem quer ir só curtir e também para quem quer ver o jogo poder ter acesso à quadra”, diz o executivo.
O Jogo das Estrelas é outro que tem servido como uma fonte de experimentações para o NBB. O evento, que pelo segundo ano seguido é no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, tem atraído cada vez mais o público que vai além do basquete, muito em função das outras ações que são planejadas.
“O jogo das celebridades tem reunido influenciadores, atletas de outras modalidades, personalidades. Pensamos sempre em como fazer as ações para atender à demanda dos patrocinadores. Então cada iniciativa tem por de trás também algo que possa satisfazer a uma necessidade de um parceiro”, diz Cotta.
Neste ano, segundo ele, o Jogo das Estrelas deve ter 12 patrocinadores, cinco a mais do que a temporada regular do NBB.