Ex-aliado de Marin e Del Nero, Ronaldo diz que CBF está nas mãos erradas

Ronaldo foi parceiro de Marin e Del Nero na Copa-14

Figura de apoio a José Maria Marin e Marco Polo Del Nero durante os preparativos para a Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil, Ronaldo fez duras críticas aos ex-aliados nos Estados Unidos, onde esteve no fim de semana para inaugurar a Ronaldo Academy, rede de academias que leva seu nome.

Para o ex-jogador, o principal ponto de discussão foi a manobra feita por Del Nero para eleger o coronel Antônio Carlos Nunes como seu substituto na presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

“Acho que estava muito claro que haveria essa manobra política dentro da CBF. Era muito óbvio que ele faria isso. Parece que nada pode impedir que ele continue a fazer o que ele quer com a CBF. É uma pena”, disse o ex-atacante da seleção brasileira, que aproveitou para cobrar resultados nas investigações da Fifa e do FBI também no Brasil.

“Tenho certeza que este ano muita coisa vai mudar de acordo com as investigações (do FBI e do Comitê de Ética da Fifa) e é importante estarmos todos cobrando resultados nesse sentido porque o futebol brasileiro hoje está nas mãos de quem não é a favor do futebol brasileiro”, completou Ronaldo.

Marco Polo Del Nero é alvo de investigações do Comitê de Ética da Fifa e também do FBI por suspeitas de corrupção, formação de quadrilha e enriquecimento ilícito.

Em meio às investigações, o dirigente pediu afastamento do comando da CBF e iniciou sua manobra política elegendo o ex-presidente da Federação de Futebol do Espírito Santo, Marcus Antônio Vicente, para ocupar o cargo interinamente durante sua ausência. Neste período, Del Nero elegeu o coronel Nunes como vice-presidente da entidade.

Pouco menos de um mês após pedir licença, Del Nero retornou ao cargo, tirando Vicente do comando, e após dois dias pediu novo afastamento e colocou Nunes na presidência interina da CBF.

Ronaldo foi membro do Comitê Organizador da Copa e chegou a dizer, em meio às manifestações da população sobre o dinheiro gasto com as arenas para a realização do evento, de que o Mundial “era feito com estádio, não com hospitais”. Pouco depois, contudo, disse que se sentia evergonhado com a organização do torneio.

Sair da versão mobile