A agência de marketing esportivo Octagon apresentou, semana passada, pesquisa sobre o comportamento do fã em relação ao consumo do esporte. Chamada de “Insight Series”, a pesquisa é uma forma de entender como o torcedor assiste ao esporte e de que forma as marcas podem se engajar com ele a partir disso.
O resultado da pesquisa é de que o fã que é conectado em redes sociais tende a ter maior engajamento com as marcas do que aquele que é fanático pelo esporte, mas não tão conectado – e que geralmente é o foco de ações de ativação das empresas.
Na apresentação para um grupo de executivos de empresas, a Octagon revelou resultados envolvendo o futebol e o basquete.
No esporte mais popular do país, 77% dos fãs conectados têm maior facilidade para se conectar, engajar e consumir marcas patrocinadoras. Com o fanático, mas não tão conectado, o índice cai para 65%, segundo a Octagon.
Já no basquete, o nível de engajamento é maior. A marca tem 86% de atenção do fã conectado, ante um engajamento de 70% do torcedor fanático da modalidade.
A pesquisa revela, também, o uso da segunda tela constante desses torcedores durante jogos. No futebol, 90% desses torcedores usam telefone celular enquanto ocorre a partida. No basquete, o índice é quase igual: 91%.
Nos torcedores que vão ao estádio, o índice é mais baixo: 25% no futebol e 31% no basquete.
Em relação ao consumo de mídia desse torcedor, a Octagon viu que o engajamento via Twitter, durante os jogos, é constante. No futebol, 48% usam a rede para se informar. No basquete, 58%. A plataforma é a preferida por ser “quente”, com diversas opiniões simultâneas de uma partida.
Segundo a Octagon, isso exige das marcas se comunicar com o torcedor dando a ele informações que ele quer para reforçar a paixão, gerando mais engajamento.
“É preciso entender como e onde o fã consome a paixão para ter maior retorno”, diz Manoel Ferreira, diretor de estratégia da Octagon.