Mandos invertidos, estádios com problemas, torcida única. No próximo fim de semana, começará a fase eliminatória do Campeonato Paulista de 2017. Mas, mesmo com a expectativa de jogos mais decisivos, o torneio não ficou livre de críticas. O Estadual de São Paulo, considerado o mais atrativo e sustentável entre os estaduais do futebol brasileiro, também expõe uma série de entraves que se repetem nas últimas edições da competição.
Uma das principais polêmicas surgiu na disputa entre São Paulo e Linense, que terá as duas partidas jogadas no estádio do Morumbi. O problema é a estrutura do estádio do time do interior, com capacidade para 15 mil pessoas e incapaz de receber uma grande partida. Por questões financeiras, a equipe preferiu mandar abrir mão do “fator casa” e o duelo será na capital paulista (leia mais aqui).
O desequilíbrio técnico causado pela decisão foi alvo de críticas. Os presidentes de Ponte Preta e Novorizontino, por exemplo, se recusaram a sair de suas arenas e explicitaram no evento da Federação o incômodo com a decisão do Linense.
Mas não é só time menor que terá problemas com estádio, como esclareceu o presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte. “Caso cheguemos a uma possível final com o melhor mando, não poderemos mandar no Allianz Parque. Isso é fato, existe um trâmite logístico complexo devido a um show. Se isso acontecer, jogaremos no Pacaembu”, afirmou.
Isso já acontecerá nas quartas de final. Com o Allianz Parque fechado para mais uma apresentação musical, o Palmeiras decidirá a vaga com o Novorizontino no velho Pacaembu.
Pelo menos os clubes consertaram o que seria um problema do regulamento. Pelas regras, caso os quatro times grandes decidissem as quartas de final em casa, aqueles de piores campanhas teriam os mandos invertidos, para que não houvesse mais de um jogo em São Paulo. Com partida do Palmeiras na sexta-feira e do Santos na segunda-feira, a questão foi solucionada.
O que não foi resolvido foi a torcida única em clássicos. Na quarta-feira, representantes dos clubes e da Federação Paulista se reuniram com a Secretaria de Segurança Pública. Foi acordado a manutenção da medida que já vigora há um ano no Estado de São Paulo. Além disso, manteve-se proibida a presença de bandeiras e instrumentos musicais nos estádios, além dos torcidas organizadas que não podem entrar nas arenas.