A Federação Paulista de Futebol fez, na tarde da quinta-feira, seu primeiro grande evento para o Paulistão Itaipava de 2016: foram sorteados os grupos do torneio da próxima temporada. Mas, mais do que isso, a entidade deu novas mostras de que a troca de gestão será sentida diretamente por clubes, torcedores e patrocinadores.
Desde que assumiu a presidência da federação, Reinaldo Carneiros Bastos tem colocado uma série de mudanças na entidade. “Agora com o poder, ele quer implantar um novo modelo, com uma visão muito mais profissional”, resumiu o vice-presidente da FPF, Fernando Solleiro, à Máquina do Esporte.
Algumas mudanças já puderam ser vistas, como a chegada de profissionais para diversas área, entre marketing, comunicação e futebol. Nessa última, por sinal, está o nome mais famoso. Mauro Silva está encarregado de dar a visão dos jogadores à nova gestão.
No fim, o plano é tornar o Campeonato Paulista um produto melhor para os agentes que o cercam. Para isso, conta com uma aproximação maior com os clubes, que terão fiscalização sobre suas administrações, mas também um aconselhamento constante para que problemas financeiros se repitam.
“Em janeiro, nós vamos fazer um congresso para reunir todos os clubes e dirigentes da Federação. E vamos mostrar: é isso o que nós queremos. E, se eles fizerem, serão recompensados por isso”, contou Solleiro.
Para o torcedor, uma mudança já será sentida em 2017, quando o Campeonato terá apenas 16 times, contra os 20 atuais. Haverá, então, um formato para que os jogos ganhem importância, inclusive com mais clássicos.
Outra preocupação é com a presença de público. Foi criado um manual para que cada estádio tenha condições mínimas para receber torcedores. E essas alterações têm sido fiscalizadas e cobradas durante todo o ano.
Para lotas as arenas, a federação contará com promoções do jogo e de ingressos. Uma das apostas é o “Projeto Futebol Sustentável”, com troca de garrafa PET por entrada. Com esse esquema, o Botafogo de Ribeirão Preto chegou a colocar 25 mil pessoas em partida da Série D do Campeonato Brasileiro deste ano.
“Queremos transformar o futebol em um espetáculo. Se tratar bem o torcedor, ele vem, ele fica. Mas precisa oferecer condições para que isso aconteça”, finalizou Solleiro.