A Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) reclamou na 4ª Vara de Fazenda Pública a não liberação do estádio do Maracanã para a semifinal e a final da Taça Guanabara, equivalente ao primeiro turno do Campeonato Carioca.
A entidade lembrou que “em 13.01.17 foi proferida decisão determinando que o complexo adotasse as medidas necessárias para viabilizar a utilização do estádio sob pena de multa diária no valor de R$ 200 mil”.
Segundo a Justiça determinou, cabe ao Complexo Maracanã Entretenimento S.A., liderado pela construtora Odebrecht e dono da concessão do estádio, a responsabilidade de deixar a arena em condições de sediar eventos. No entanto, desde que foi devolvido pelo Comitê Rio 2016, o que se viu foi um jogo de empurra entre a empresa, os responsáveis pela Olimpíada e o Estado do Rio, dono do estádio, mas que enfrenta grave crise financeira.
No documento, a Ferj lembra que os problemas apontados pela concessionária seriam “rapidamente solucionados”, já que “relacionam-se, em resumo, à limpeza da área, recolhimento e reposição de assentos, troca de comunicação visual dos Jogos Olímpicos pela comunicação visual anterior, conserto de corrimão, portas, vidros e maçanetas, reparo de vazamento de óleo e infiltrações, readequação de forros e pinturas e quitação de contas pendentes”.
Há dez dias, a concessionária anunciou que pagaria o débito de R$ 1 milhão da conta de luz do complexo referente aos meses de novembro e dezembro, por força de uma liminar concedida na Justiça. No entanto, a empresa afirma que a responsabilidade pelas contas públicas e pelos reparos é do Comitê Rio 2016.
Por força do regulamento do Cariocão, a Ferj é obrigada a realizar os jogos decisivos no Maracanã, por ser um campo neutro. A alternativa seria o estádio do Engenhão, o que favoreceria o Botafogo, dono da arena.