Quem não se lembra de ver a Ferrari de Michael Schumacher, que dominou a Fórmula 1 entre os anos de 2000 e 2004, com cinco títulos mundiais de pilotos e construtores, com o logotipo do cigarro Marlboro no aerofólio e nas laterais do carro? Pois é. Trata-se de uma das parcerias mais longas e vitoriosas da história da categoria mais importante do automobilismo mundial. E que acaba de ser renovada.
Para especialistas em relações comerciais, desde que houve a proibição de propagandas de tabaco na Fórmula 1 em 2007, a parceria Ferrari-Philip Morris (dona da marca Marlboro) tornou-se também uma das mais singulares. Nos últimos dez anos, não há mais nenhuma referência explícita ao cigarro, e a única exigência é que os carros continuem sendo vermelhos e brancos, as cores do Marlboro, e que, historicamente, também são as cores da Ferrari.
Os valores da renovação não foram divulgados, mas especula-se algo um pouco acima de 140 milhões de euros por ano, já que o último contrato havia sido firmado com esse valor em 2015 e tinha validade até 2018. A Ferrari também não revelou por quantos anos a parceria foi estendida.
Segundo a imprensa italiana, o acordo se mantém, e até cresce, graças ao pensamento do grupo Philip Morris, que vê na parceria grandes oportunidades, apesar das restrições publicitárias. Para a continuação do acordo em 2018, não deve haver nenhuma tentativa por parte do grupo tabaqueiro de “contornar” a regra imposta pela Fórmula 1. Entre 2007 e 2010, por exemplo, a Ferrari andava com a ilustração de um código de barras nos carros que, em conjunto com a cor vermelha, fazia lembrar do pacote de cigarros, numa espécie de mensagem subliminar da marca. Após a ordem da F1 para retirar a ilustração, nunca mais a Philip Morris tentou nada do gênero.
Vale lembrar que a dona do cigarro Marlboro é apenas uma das muitas empresas que apoiam a equipe mais tradicional da Fórmula 1. Ao lado dela estão Santander, Shell, Alfa Romeo, Ray-Ban, UPS, Hublot, Singha, Kaspersky, entre outras.