A despeito de ter obtido vitória judicial sobre esse assunto na última semana, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) admitiu ser flexível com as equipes que disputam o mundial de Fórmula 1 quanto ao teto orçamentário que a entidade pretende estabelecer para a categoria. Existe até a possibilidade de o limite não ser adotado na próxima temporada. O estabelecimento de um teto foi uma saída encontrada pela FIA para garantir a competitividade na Fórmula 1 e diminuir a influência de problemas do mercado financeiro sobre o dia-a-dia da competição. Contudo, algumas equipes protestaram e um grupo encabeçado pela Ferrari ameaçou abandonar o grid se a medida fosse ratificada. As escuderias insatisfeitas procuraram a Justiça, mas o tribunal de Grande Inst”ncia de Paris refutou a argumentação do grupo, que salientava pontos como a dificuldade para investir em segurança com um orçamento tão restrito. A proposta da FIA é estabelecer um máximo de 40 milhões de libras (R$ 126,4 milhões) para cada equipe por temporada, em montante que não inclui salários e ações de marketing. Depois de o tribunal ter legitimado a ação da FIA, contudo, a entidade resolveu mostrar um tom mais conciliatório. O presidente Max Mosley, em entrevista à agência ?Reuters?, tentou diminuir a insatisfação das escuderias com o anúncio ? além da Ferrari, Renault, Toyota, Red Bull Racing e Toro Rosso ameaçaram deixar a categoria. ?Posso imaginar passarmos um ano com um valor um pouco mais alto e chegarmos a esse teto só em 2011?, reconheceu Mosley. ?É uma possibilidade, mas ainda teremos grande discussão sobre isso?, completou. As possibilidades para a formatação do teto orçamentário na Fórmula 1 foram debatidas em duas reuniões realizadas nas últimas semanas. Mosley acredita que esse limite é uma opção fundamental para garantir a autonomia das escuderias. ?É complicado encontrar patrocinadores que banquem um valor superior a isso?, apontou o dirigente.