Graças ao desempenho do alemão Klose e a uma ajuda da Fifa, que deu ao holandês Sneijder o primeiro gol da vitória de sua seleção sobre o Brasil, a Nike entrou de vez na briga pela artilharia da Copa do Mundo. A marca dos Estados Unidos ampliou nas quartas de final a vantagem sobre a Adidas no desempenho em 2010 e ainda passou a ameaçar a rival no topo dos goleadores.
Nos jogos das quartas de final, sete gols foram marcados por jogadores que calçavam chuteiras da Nike: dois de Klose (Alemanha), um de Friedrich (Alemanha), um de Muntari (Gana), um de Robinho (Brasil) e os dois de Sneijder (Holanda). Atletas patrocinados pela Adidas só fizeram três: um de Forlán (Uruguai), um de Mueller (Alemanha) e um de Villa (Espanha).
A vantagem da Adidas é que Villa, com o gol que definiu a vitória de sua seleção sobre o Paraguai, se isolou na artilharia da Copa do Mundo. O camisa 7, contratado recentemente pelo Barcelona, tem cinco gols em cinco jogos no torneio da África do Sul.
A meta da marca alemã é repetir a artilharia da Copa do Mundo. Em 2006, quando Klose anotou cinco gols e foi o maior goleador da competição, o jogador usava chuteiras da Adidas.
De estrela da Adidas, Klose passou a ser uma das maiores esperanças da Nike. Com os dois gols nas quartas de final, o jogador chegou a quatro na Copa do Mundo de 2010. Além de estar a um gol de Villa, o alemão também precisa marcar apenas uma vez para igualar a marca do brasileiro Ronaldo como maior artilheiro da história do campeonato – o “Fenômeno” balançou as redes 15 vezes.
Além de Klose, o único jogador da Nike com chances claras de ser artilheiro da Copa do Mundo é o meia holandês Sneijder. Ele marcou de cabeça o segundo gol de sua seleção na vitória sobre o Brasil, mas foi beneficiado por uma decisão da Fifa. O tento de empate dos europeus nesse confronto foi marcado após cruzamento do camisa 10 e desvio do volante Felipe Melo em confusão com o goleiro Júlio César. Inicialmente, o gol havia sido creditado ao brasileiro.
A briga por louros relacionados ao desempenho de seus patrocinados na Copa do Mundo chegou até a gols que não entraram na lista de artilheiros. A Asics, marca que apoia o centroavante uruguaio Abreu, aproveitou o pênalti convertido por ele contra Gana, que classificou a seleção sul-americana às semifinais, para divulgar o modelo calçado pelo camisa 13.
O gol de Abreu, contudo, foi marcado na disputa de pênaltis. No tempo normal, Gana e Uruguai empataram por 1 a 1. Até aqui, o único gol de um atleta calçando Asics na Copa do Mundo foi feito pelo italiano Di Natale.