O governo da Nigéria anunciou em junho deste ano um veto à participação de suas equipes e seleções em torneios internacionais. A resposta da Fifa foi imediata e seguiu roteiro tradicional: a entidade ameaçou que, caso a decisão não fosse revogada, o país seria suspenso. Meses depois, por um motivo diferente, a entidade puniu os africanos.
O motivo é que a Fifa continua identificando interferências do governo na condução do futebol nigeriano. Segundo a entidade que controla o futebol mundial, avessa a esse tipo de ingerência, o poder público local tem usado a Justiça para impedir que as autoridades esportivas trabalhem.
Sani Lunu (presidente), Amanze Ugbulam (vice-presidente), Bolaji Ojo-Oba (secretário-geral) e Taiwo Ogunjobi (membro do comitê-técnico) foram acusados de desviar US$ 6 milhões da Federação Nigeriana. Eles teriam participado de esquemas no pagamento de comissões a delegados para a Copa do Mundo e no superfaturamento de ônibus para a seleção nacional.
Por conta disso, os quatro foram cassados. A Fifa argumenta que o governo nacional não pode intervir na federação, e por isso suspendeu a Nigéria e as equipes de seu país de todas as competições internacionais.
A suspensão só será revogada se a intervenção judicial na federação for revista. No domingo, a Nigéria enfrentaria Guiné em duelo válido pelas eliminatórias para a Copa Africana de Nações.