Na partida entre Brasil e Chile, nas oitavas de final da Copa do Mundo, Neymar jogou mais um problema na conturbada vida jurídica da Fifa. Em campo, o atleta apareceu na transmissão oficial da competição com uma sunga verde e amarela. O produto em questão é da loja Blue Man, que celebrou a exposição espontânea.
A situação não agradou a Fifa. Oficialmente, a entidade afirmou que “não fornece detalhes individuais de cada provável incidente relacionado ao marketing de emboscada”. No entanto, absolveu Neymar e a CBF pelo episódio: “acreditamos que a exposição foi acidental”, anunciou.
Para a Blue Man, por outro lado, a situação não foi amenizada. A empresa recebeu uma notificação da Fifa acusando a companhia de fazer marketing de emboscada, ou seja, se apropriar do evento sem ser patrocinador oficial.
Segundo a empresa, o que incomodou a Fifa foi o fato de a Blue Man ter exaltado o uso da sunga da marca por Neymar. Na conta do Twitter, ainda há a mensagem postada “E deu Brasil com Neymar de Blue Man de novo!”, com a foto do modelo utilizado pelo jogador.
Para o advogado da empresa, Vicente Donnici, exaltar a preferência de Neymar demonstra o orgulho da marca pela escolha do jogador, mas não se configura em uma associação comercial ou a uma ação de marketing de emboscada. “A sunga foi um presente dado a todos os jogadores. Não há nenhuma parceria com o Neymar”, comentou.
Com a situação, sobrou para a CBF o puxão de orelha da Fifa. Segundo a entidade, a confederação brasileira foi “relembrada” sobre as obrigações de “respeitar a integridade comercial da Copa do Mundo”.