A Fifa postergou de 31 de agosto para 30 de setembro o prazo limite para a apresentação de projetos executivos das cidades que vão receber jogos da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil. Com isso, as sedes da competição ganharam um mês para apresentar garantias de financiamento para as obras voltadas à competição. A principal razão para a Fifa ter adiado a data-limite da apresentação é que o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ainda discute com as sedes uma linha de financiamento especial para a Copa do Mundo. Algumas das cidades contam com esse crédito, que deve ter juros inferiores aos praticados pela instituição financeira normalmente, para garantir recursos para as obras. ?Essa decisão foi motivada pela dificuldade das cidades-sede cujos estádios são públicos para terem acesso a recursos para a realização das obras. Isso só não acontece em Porto Alegre, Curitiba e São Paulo, que têm arenas de Internacional, Atlético-PR e São Paulo?, explicou Caio Luiz de Carvalho, presidente da São Paulo Turismo e coordenador da Copa do Mundo no Estado. A afirmação de Carvalho, contudo, contraria o discurso do presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, nesta semana. Em entrevista coletiva, o dirigente revelou que a equipe paulista usará recursos do BNDES para reformar o Morumbi e que espera apenas a criação de uma linha especial de crédito para definir o empréstimo. ?Apesar de São Paulo ter se preparado para não depender financeiramente do governo federal, a esmagadora maioria das cidades-sedes dependem da máquina pública para a realização das obras. O que é um grande risco, porque em virtude das eleições poderá ocorrer inércia administrativa, o que comprometerá o cronograma de obras e aumentará o risco de o Brasil ter de correr contra o tempo para realizar todas as obras necessárias para a realização do Mundial de 2014?, finalizou Carvalho.