Menos de um ano depois do anúncio da melhor Superliga de todos os tempos, o principal campeonato de vôlei do país está em xeque. Um dia depois da perda do título para o Rexona/Rio de Janeiro, o Finasa anunciou o fim da sua equipe profissional em Osasco. A decisão foi confirmada oficialmente pela empresa, que é ligada ao Bradesco, na manhã da última terça-feira. A explicação extra-oficial é financeira, já que os gastos com o vôlei chegariam a R$ 12 milhões anuais. A partir de agora, a instituição mantém apenas os gastos com as categorias de base e os projetos de inclusão social, que ainda incluem o basquete. ?Eu respeito muito a decisão do patrocinador, que sempre nos deu a melhor estrutura. Mas estou, sim, preocupado com o futuro do vôlei brasileiro?, disse Luizomar de Moura, ex-técnico do Finasa/Osasco, em entrevista ao ?Arena Sportv?. A notícia do fim do projeto, que já tinha mais de uma década de história, engrossa a lista das equipes ?órfãs? de patrocinadores. Em São Paulo, o time do Banespa enfrentou uma série de dificuldades com a Medley, que abandonou o acordo no meio e ainda está acertando pagamento aos funcionários. Já a Brasil Telecom deve se retirar do esporte após o quarto lugar com a equipe de Brusque. O resultado é o início de uma debandada de atletas. Depois de um ano com praticamente todos os medalhistas olímpicos no país, o volei nacional já vê Sheilla, do Blausiegel/São Caetano, próxima de uma transferência para a Itália, segundo a ?ESPN Brasil?. A proximidade de uma debandada já movimenta a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Normalmente, a entidade divulgaria o ranking das jogadoras, que define as possibilidades de contratações, logo após a final da Superliga. O atraso, no entanto, pode representar uma adequação da competição à nova realidade.