A Federação Internacional de Natação (Fina) decidiu proibir os maiôs de poliuretano, centro de polêmicas desde o ano passado, a partir de 2010. Segundo o site especializado www.swimnews.com, a decisão foi tomada nesta sexta-feira, após a realização de um congresso em Roma com a participação de mais de 180 federações internacionais. Apenas sete países se posicionaram contra a proibição e a definição de que, a partir de agora, apenas a Federação Norte-americana de Natação será responsável pelos avanços tecnológicos dos maiôs. A polêmica teve início em fevereiro do ano passado, com o lançamento do modelo LZR pela Speedo, produzido em parceria com a Nasa para melhorar o desempenho dos atletas em até 7%. A tecnologia foi copiada por outras fabricantes, provocando uma revolução na natação. Com a peça, 108 recordes mundiais foram quebrados em 2008. Outras 30 marcas foram pulverizadas nesta temporada. Em um desses casos, o tempo do brasileiro Felipe França, recordista dos 50 metros peito masculino, chegou a ser cassado pela Fina, que reconsiderou a atitude pouco depois, homologando a nova marca. Apesar das discussões, a criação fez a Speedo dominar o Sport Industry Awards, uma das mais importantes premiações do mercado esportivo. A empresa foi escolhida como a ?Marca do ano? e a ?Melhor inovação tecnológica?. O LZR também provocou a retirada da Nike do mercado da natação. Além disso, a Adidas anunciou o rompimento do contrato com a Federação Alemã de Natação (DSV, na sigla em inglês), uma de suas bandeiras nessa modalidade. À época, a empresa disse que decisão foi tomada após as constantes criticas dos nadadores do país à competitividade dos maiôs fornecidos pela fabricante, que comparavam os uniformes ao modelo da Speedo.