O Flamengo alterou seu estatuto para que, além de fins esportivos, o clube também abarque o setor cultural. Com isso, poderá captar recursos via Lei Rouanet. A aprovação aconteceu de forma unânime pelo Conselho Deliberativo do time carioca na última quinta-feira.
Pela alteração, o clube passa a ter entre seus objetivos promover, incentivar e desenvolver “atividades culturais e de promoção à cultura, através de projetos, programas e medidas que fomentem os conhecimentos históricos e as tradições do Flamengo, por meio de espetáculos, cursos, simpósios, artes audiovisuais, exposições, concursos e quaisquer manifestações culturais vinculadas aos objetivos do clube”.
Essas atividades serão tocadas pelo Patrimônio Histórico do time carioca.
“O Flamengo passa a fomentar atividades culturais, desenvolvendo projetos para livros, documentários, filmes, melhorar o acervo, seus equipamentos para restauração de troféus, e tudo mais que diz respeito à promulgação da arte e suas mais variadas possibilidades. A Lei Rouanet é muito abrangente neste sentido”, conta Daniel Rosenblatt, responsável pelo setor no clube.
Com a mudança, o Flamengo poderá fazer um projeto de captação de investidores para projetos de recuperação histórica do time.
“Esse é um passo muito importante que nos aproxima do tão sonhado Museu do Flamengo. Podemos dar andamento a diversos projetos que estavam parados por falta de verba. Agora podemos voltar ao mercado para apresentá-los às empresas interessadas, que terão as contrapartidas da lei”, afirmou Rosenblatt.
Pela Lei Rouanet, pessoas e empresas podem aplicar parte de seu imposto de renda em ações culturais, além de investir em sua imagem institucional por fomentar esses projetos. De acordo com a legislação, pessoas jurídicas podem investir 4% do imposto, enquanto pessoas físicas têm direito de fazer aporte de 6% do IR.