No último domingo, a coluna “Radar Online” da revista Veja afirmou que o Flamengo negociava com a Unicef para colocar a marca da instituição no espaço máster de seu uniforme. Dessa maneira, o clube abriria mão de um patrocinador principal por pelo menos seis meses. Nesta terça-feira, o vice-presidente de marketing do clube, Henrique Brandão, negou veementemente essa possibilidade.
No próprio domingo, o Flamengo lançou uma nota oficial sobre a Unicef. O clube confirmou que negocia com a instituição para ações conjuntas, mas não citou no texto a possibilidade de colocar o espaço máster do uniforme nas conversas.
A ideia era fazer uma propaganda gratuita para a Unicef, após considerar a dificuldade que o Flamengo encontra para fechar um patrocínio máster que abranja os valores requeridos pela diretoria flamenguista. O acordo seria firmado em outubro e valeria por seis meses no mínimo.
A conversa com a Unicef, no entanto, inclui apenas as ações sociais envolvidas no projeto, que o clube definiu como “acesso universal das crianças à educação pública de qualidade e à saúde infantil a luta contra o racismo nos esportes, os programas de combate ao trabalho infantil e as ações por uma vida melhor para crianças e adolescentes, especialmente no semi-árido brasileiro”.
A negativa sobre a Unicef no espaço máster não significa que o clube esteja próximo de fechar um novo acordo. No início do ano, o plano era conseguir R$ 30 milhões por temporada pelo espaço, número esperado após a contratação de Ronaldinho Gaúcho.
Uma proposta nessa quantia nunca chegou, o que fez com o que clube repensasse os valores e o modo como distribuiria as marcas pelo seu uniforme. Parte da diretoria sugeriu fatiar a camisa em várias marcas, hábito cada vez mais comum no futebol brasileiro.
A sugestão ainda sofre resistência dentro do clube, mas um início de trabalho nesse sentido já é visível. Além das mangas com o BMG e a numeração com a TIM, o Flamengo fechou na última semana um patrocínio para a barra da camisa. A marca que acertou o negócio foi o site de compra coletiva “Felicidade Urbana”.
Henrique Brandão confirma a decisão pelo fatiamento do uniforme, mas nega outra propriedade na camisa que não seja as três negociadas e o espaço máster. Agora o dirigente e sua equipe buscam uma empresa que pague cerca de R$ 20 milhões pelo patrocínio, mas já avisa: por enquanto, as negociações pouco avançaram.