O Fluminense está disposto a apagar a má fama adquirida por torcidas organizadas no Brasil. Em vez de baderneiros, responsáveis pela destruição de bens públicos ou privados em momentos de exaltação, o clube pretende mostrar que a própria torcida é de fato organizada. Mais que isso, pretende torná-la em ferramenta de marketing.
“Todo mundo fala que eles são baderneiros, que vendem ingressos para cambistas, mas nosso torcedor vai mostrar que não é assim”, garante Idel Halfen, vice-presidente de marketing, à Máquina do Esporte. Para tanto, a direção do time irá estipular determinadas metas a serem cumpridas nas partidas disputadas pela equipe tricolor.
A princípio, torcidas organizadas irão receber subsídio do clube para comprar ingressos e garantir presença nos jogos. “A verba será baseada no tamanho de cada uma, e isso fará com que eles tenham uma porcentagem de torcedores que terão de ter todos os jogos”, explica Halfen. “Quem não cumprir a meta, terá o valor reduzido”.
Dessa maneira, o Fluminense pretende garantir bons públicos nos confrontos. Essa medida, somada à criação do programa “Guerreiro Tricolor”, representa esforços por parte da nova administração do clube para eliminar deficiências nas áreas de ingressos, uma das principais promessas de campanha da chapa de Peter Siemsen, atual presidente.