Uma dívida de R$ 6 milhões não impediu que Fluminense e Unimed formalizassem a continuidade do contrato de patrocínio para a temporada de 2010 no fim da semana passada, em meio às festas de fim de ano. Os valores do novo acordo não foram divulgados. Juntos há uma década, o clube e a empresa poderão, ainda, estender esse vínculo por mais três anos. Esse modelo foi adotado em virtude do processo eleitoral que encerrará a gestão de Roberto Horcades em dezembro. A assinatura do contrato era esperada para a semana passada, mas o débito do clube com a empresa – resultado de adiantamentos em meio a crises financeiras – atrasou o processo. Havia a exigência de que o valor fosse quitado até o fim deste ano, mas o time das Laranjeiras não queria diluir esse valor no novo acordo. A demora para a firma foi só mais um capítulo na novela que se transformou a renovação entre Flu e Unimed. A continuidade da relação chegou a ser colocada em xeque durante o Campeonato Brasileiro de 2009, quando o clube escapou do rebaixamento com uma arrancada espetacular nas últimas rodadas. Além disso, o acordo encontrou na situação política da agremiação um grande adversário. Conselheiros tricolores reclamam do atual modelo de administração, no qual a Unimed tem participação nas decisões do futebol. Outro empecilho para a manutenção da parceria é o foco do investimento da Unimed na construção de um hospital na avenida Ayrton Senna, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, que consumirá boa parte da verba da empresa de planos de saúde em 2010.