Meses depois de ter acertado a renovação da parceria com a Adidas, a repercussão que o eventual interrompimento da relação com o Fluminense gerou ainda revela surpresas. Em janeiro, durante a negociação entre as partes, o clube brasileiro foi sondado por empresas do exterior. Uma delas era a espanhola Joma.
A fornecedora de material esportivo, fundada em 1965, interessou-se pelo atual campeão nacional para entrar no mercado brasileiro. “A Adidas sempre foi nossa primeira opção, mas nós recebemos sondagens de várias empresas de fora”, afirma Idel Halfen, vice-presidente de marketing do Fluminense.
A fabricante espanhola, contudo, devido à baixíssima penetração no Brasil e na América do Sul, não tinha condições de produzir e distribuir adequadamente os artigos esportivos do clube no país. O ponto de atuação mais próximo da empresa está na América Central, na qual é parceira de oito clubes, cerca de 12% do mercado local.
Uma das ferramentas utilizadas pelo Fluminense para conhecer melhor as empresas que o assediaram durante a negociação com a Adidas, em janeiro deste ano, foi um levantamento feito pela Global Sports Network (GSN). A agência, cujo diretor de marketing é Halfen, mapeou as parcerias entre fabricantes e equipes no mundo.
“Com a pesquisa, foi possível identificar qual era a estratégia dessas empresas, onde elas estavam fortalecidas ou enfraquecidas, e isso ajudou a inferir até que ponto eles teriam fôlego para nos atender ou não”, explica Halfen à Máquina do Esporte. O levantamento serviu como base para entender as ofertas que chegavam.
O uso do estudo para entender o mercado possibilitou ao Fluminense, por exemplo, evitar dores de cabeça como as vividas pelo Vasco. O rival assinou em 2009 com a Champs, que prometia valores superiores aos pagos no mercado, mas enfrentou graves falhas na distribuição dos artigos e viu a parceria ruir no mesmo ano.
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