A Fórmula 1 entrou de vez no mundo on-line. Cada vez mais integrada ao ambiente virtual desde que passou a ser administrada pela Liberty Media, a categoria divulgou mais uma novidade: está testando possíveis mudanças no regulamento em simuladores virtuais.
A informação foi dada por Pat Symonds, ex-diretor técnico da Williams, que é um dos membros do time de especialistas formado pela Liberty para criar alternativas e possibilidades para melhorar as corridas e o que as cerca. O grupo é liderado pelo diretor esportivo Ross Brawn, que somou diversas conquistas em equipes como Benetton, Ferrari, Brawn GP e Mercedes.
“Estamos determinados a usar o ambiente virtual para testar algumas mudanças de regras. Em seguida, olhamos para as estatísticas. Isso te dá a chance de simular coisas que não seriam possíveis de simular na prática de maneira fácil”, revelou Symonds, em uma conferência sobre inovação no automobilismo, realizada na Inglaterra.
A principal mudança analisada é a formação do grid de largada. No último mês de outubro, o tabloide alemão Bild já havia divulgado que a F1 cogitava a ideia de fazer largadas com três carros emparelhados no grid nas fileiras ímpares. Nas pares, continuaria como é atualmente, com dois carros.
O objetivo, com isso, seria criar uma espécie de funil no grid, de maneira que nenhum piloto teria outro piloto exatamente à sua frente como acontece hoje em dia. O sistema não seria inédito, já que nos primeiros anos de vida da categoria, em que reinaram Nino Farina, Alberto Ascari e Juan Manuel Fangio, a largada era feita dessa maneira.
Agora, segundo Symonds, o primeiro a tocar no assunto de maneira oficial, analisa-se até a possibilidade de quatro carros na primeira fila. De acordo com o dirigente, isso também já existiu em algum momento no começo da categoria.
“Houve um tempo em que (…) quatro carros ocupavam a primeira fila. O que aconteceria se fizéssemos isso novamente? Não é algo que dê para testar de maneira fácil. Podemos usar a plataforma de e-sports e dizer para mudar o grid. As corridas não precisam ser de 300km. Estamos interessados apenas nas primeiras três voltas. Depois a gente vê o que acontece”, concluiu Symonds.