A Liberty Media não para de fazer mudanças desde que assumiu a Fórmula 1 no final da temporada de 2016. No entanto, continua difícil fazer a principal categoria do automobilismo mundial dar o lucro que sua nova dona deseja. Os dados do relatório divulgado nesta quinta-feira (10) comprovam isso.
De acordo com o relatório, a F1 encerrou o primeiro trimestre de 2018 com um aumento de 18% em suas receitas, alcançando US$ 114 milhões. Apesar disso, as perdas operacionais aumentaram 4% e chegaram a US$ 109 milhões. A Liberty Media culpa o fornecimento de equipamentos à F2 pelo aumento de custos.
Segundo o site espanhol Palco 23, a empresa também atribui parte das perdas, cerca de US$ 10 milhões, a investimentos com aumento de pessoal, renovação de escritórios corporativos e projetos para fortalecer as áreas de marketing e pesquisa.
Esses gastos fazem parte de um projeto maior da Liberty Media de criar um novo modelo de campeonato a partir de 2021, que melhore as corridas não só como esporte mas também como entretenimento, e ainda ajude a categoria a alcançar um equilíbrio econômico maior.
“A temporada de 2018 já viu corridas emocionantes, com vários pilotos diferentes no pódio. Continuamos a ter discussões produtivas com as equipes com o intuito de definir uma visão de longo prazo para a F1”, declarou Chase Carey, presidente e CEO da Fórmula 1.
Vale lembrar que as equipes receberam US$ 45 milhões pela participação na temporada, 4% a menos que em 2017, porque, a partir deste ano, parte dos pagamentos será rateada ao longo dos 12 meses. A mesma coisa acontece com os direitos televisivos, que também caíram no primeiro trimestre.
Em contrapartida, de acordo com a Liberty Media, as áreas de publicidade e patrocínio melhoraram com o aumento das tarifas cobradas. A empresa, no entanto, não deu mais detalhes sobre o assunto.