A relação entre Fortaleza e Lotto está estremecida. Embora o contrato entre clube e empresa ainda esteja vigente, ambas as partes estão insatisfeitas, e a fornecedora de materiais esportivos já disse que, caso alguma proposta de outra empresa surja, está disposta a rescindir o acordo amigavelmente e deixar o clube cearense.
A Lotto acertou o primeiro negócio com o Fortaleza no fim de 2008, substituindo a Kanxa, para aproveitar a participação da equipe na Série B do Campeonato Brasileiro em 2009, quando havia expectativa de ascender à primeira divisão. Entretanto, o time foi rebaixado à Série C no mesmo, fato que desanimou a fabricante de artigos esportivos.
Por parte do Fortaleza, há relatos de que a empresa não tem cumprido determinadas cláusulas do contrato, como a criação de loja temática dentro do clube. A quantidade de peças entregues à equipe, por sua vez, é considerada insuficiente. Não há, porém, consenso entre a direção do Fortaleza a respeito do futuro da parceria.
Como a continuidade da Lotto é incerta, o clube cearense já está procurando por opções, para o caso de a fornecedora realmente desistir do acordo. A Lupo e a Stadium, marca pertencente ao grupo Cambuci, também dono da Penalty, são as duas empresas que já manifestaram interesse em fechar negócio com o Fortaleza.
Outra empresa que sondou os nordestinos foi a Joma, espanhola, mas as negociações nem sequer chegaram a evoluir. A empresa europeia, conforme publicou a Máquina do Esporte, já havia procurado o Fluminense no início deste ano e está interessada em penetrar no mercado da América do Sul, mais especificamente no brasileiro.
Procurada pela reportagem para comentar o assunto, em função de viagem de um de seus executivos, a Lotto não pôde atender às ligações até o fechamento deste texto. A marca, segundo levantamento da Global Sports Network (GSN), é a terceira maior da América do Sul em número de clubes parceiros, com 11 equipes.