A crise que se instaurou na seleção francesa durante a Copa do Mundo de 2010 pode ter mais um impacto financeiro. Depois de o banco Credit Agricole SA ter decidido romper seu contrato com a equipe nacional, a companhia de energia GDF Suez pode percorrer caminho similar.
O contrato da seleção com a GDF Suez tem duração até 2014. Depois da eliminação na Copa de 2010, contudo, a empresa já admite que procurará a Federação Francesa de Futebol (FFF) para rediscutir o futuro do acordo.
A decisão mais provável da empresa é romper unilateralmente o acordo, com alegação de que o comportamento da seleção na Copa do Mundo não é condizente com os valores que a companhia espera. A única chance de isso não acontecer é um acordo com a federação local.
Nesta semana, o Credit Agricole anunciou o cancelamento de seu aporte ao futebol francês. O banco culpou a repercussão negativa da crise francesa, que viveu um período conturbado na África do Sul. Além da fraca campanha – um ponto em três partidas –, o time nacional teve dispensa do atacante Anelka, jogadores abandonando treino, atletas que se recusaram a entrar em campo e renúncia do chefe de delegação.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, chegou a enviar para a África do Sul a ministra do Esporte do país. Roselyne Bachelot foi encarregada pelo mandatário de tentar contornar a crise dos Bleus.
Também eliminada na primeira fase, a Itália é outra seleção que pode perder com isso. O contrato da equipe nacional com a empresa Compass terminou depois da participação na Copa do Mundo de 2010. Com a queda precoce, é menos provável que exista uma renovação.