Enquanto os clubes brasileiros vêm o dinheiro oriundo da televisão ganhar import”ncia em seus orçamentos, o futebol português vive processo contrário. Dividindo a década de 2000 em dois, os direitos de televisão passaram de 25% do orçamento dos clubes na primeira metade para 21% na segunda.
Isso não significa que o valor de direito de televisão não tenha tido valorização. O valor médio por temporada na primeira metade da década desembolsado pelo segmento foi de 46 milhões de euros, enquanto a segunda metade teve média de 51 milhões de média.
A valorização, no entanto, ficou abaixo de outros quesitos. Os quatro pontos porcentuais de diferença foram divididos entre transferências de direitos de jogadores, premiações e patrocínio. Os dois primeiros itens significam a maior parte da renda dos clubes, com 28% cada um.
Em comparação com as outras quatro principais ligas europeias (Inglaterra, Alemanha, Espanha e Itália), o futebol português é o que menos ganha e o que menos depende do dinheiro da TV. Nesse aspecto, o italiano é o campeão, pelo menos na proporção de suas receitas, com 60% oriundo dos direitos de televisão.
Segundo estudo, a razão desses dados está na forma como os direitos televisivos são negociados. Assim como no Brasil e na Espanha, em Portugal a negociação é individual. As duas ligas que mais recebem da TV, a inglesa e a italiana, a venda dos direitos é feita de forma coletiva.
O estudo foi encomendado pelo presidente da Liga Portuguesa, Fernando Gomes. Ele foi feito por uma equipe da Universidade Católica de Porto, com a colaboração da Delloitte.
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