O contrato entre a Associação de Futebol da Argentina (AFA) e o governo local pelos direitos de transmissão do campeonato nacional de futebol criou uma pressão de outras modalidades. O primeiro a usar esse argumento foi o pai do piloto José Maria Lopez, que tenta uma vaga na Fórmula 1 de 2010. O problema é que o piloto precisa de um patrocínio de US$ 7 milhões (R$ 13 milhões) para assegurar sua participação na principal categoria do automobilismo ? a equipe que o abrigaria não foi anunciada, mas as especulações envolvem Williams e a novata USF1. E com dificuldade para encontrar esse aporte na iniciativa pública, o pai de Lopez já pediu auxílio ao governo argentino. O argumento do pai do piloto é que ter um representante na Fórmula 1, assim como o campeonato nacional de futebol, é uma questão de Estado. Essa foi uma das justificativas do governo para investir nos direitos de exibição do esporte mais popular do planeta. ?Há muita gente que está trabalhando nesse projeto. Vários empresários negociam este empreendimento. Com certeza não é fácil. Não quero falar muito do tema porque pode dar certo ou não?, disse Lopez ao jornal ?La Nación?. Além do estafe de Lopez, representantes de outras modalidades já começaram a usar, de forma menos incisiva, o aporte do governo ao futebol como pressão para que isso seja feito também em outros esportes.