A Futebol Tour surgiu em 2008 com foco em serviços de viagens para torcedores. Mas, há algum tempo, a agência tem investido mais pesado em museus de estádios e clubes. Em 2014, a opção pelo aumento no sortimento de produtos já deu um resultado real: a empresa cresceu 20%.
Após celebrar o bom ano, hoje a Futebol Tour tem o faturamento dividido: 60% ainda é proveniente dos serviços de viagens e 40% já vem dos museus administrados pela agência. Outra vantagem obtida é o faturamento obtido em qualquer mês do ano, já que viagens para clubes só ocorrem durante a temporada do futebol nacional.
Hoje, a Futebol Tour administra os museus do Grêmio e do Flamengo, além dos espaços de visitação da Itaipava Arena Pernambuco, Arena das Dunas e Maracanã. Em conversa com a Máquina do Esporte, o sócio da agência, Bruno Paste, explicou dois dos passos que deverão ser seguidos. O primeiro, claro, é ampliar o número de contratos com times.
Já o segundo é ficar cada vez mais próximo do que é feito na Europa e nos Estados Unidos. “Acho que falta bastante para o Brasil chegar nesse nível. Temos que licenciar a marca dos estádios, criar produtos. E tem que seguir o que os americanos fazem: tornar o evento esportivo em um grande espetáculo”, afirmou.
A modalidade de negócio da Futebol Tour tem um retorno bom graças ao apelo de estádios, todos reformados ou construídos recentemente. O Maracanã, por exemplo, é um dos símbolos do Rio de Janeiro e ganhou ainda mais atenção após sediar a final da Copa do Mundo de 2014. Atualmente, o tour pela arena recebe 3 mil pessoas diariamente, um público que chega a pagar até R$ 76 pela experiência.
Os contratos têm variado conforme o valor de investimento da empresa. E, como eles podem ser altos, o retorno nunca é imediato. Também no Rio de Janeiro, o museu do Flamengo, o Fla Experience, foi recém-construído na Gávea, com boa parte das estruturas bancadas pela agência. Nesse caso, o retorno pode demorar até um ano e meio.