O G4 Paulista, entidade composta por Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo, reuniu-se nesta semana para debater o futuro. Foi o primeiro encontro depois que Mário Gobbi assumiu a presidência do Corinthians, e isso representa de modo prático a possibilidade de viver tempos mais tranquilos e produtivos, uma vez afastados os desafetos Andrés Sanchez e Juvenal Juvêncio, presidente são-paulino.
“Nós fizemos uma homenagem ao Sanchez, a despedida dele do grupo, e apresentamos o Gobbi aos outros presidentes. A coisa parece que vai caminhar melhor. Tinha uma certa indisposição, um negócio de bate e rebate por meio da imprensa, e foi legal porque eles pediram desculpas, se abraçaram e souberam separar bem paixão de negócios”, conta José Peres, diretor-executivo do G4.
As discussões públicas entre Sanchez e Juvêncio já motivaram reclamações dos mesmos mandatários no passado. O santista Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, em 2011, disse que o órgão só não dava resultados por causa de discord”ncias entre os membros, posição reiterada pelo são-paulino no fim do ano. “Um quer matar o outro”, disse ele à época. “Por isso não dá certo essas coisas de G4, Clube dos 13”.
Para ilustrar as rusgas entre ambos os dirigentes, em outubro do ano passado Juvêncio atacou o corintiano ao dizer que ele era “analfabeto” e que teria tempo, por ter saído da presidência da equipe, para concluir o Mobral – Movimento Brasileiro de Alfabetização. Sanchez rebateu e acusou o “colega” de G4 de ser um “ditador que dá golpe em cima de golpe”, em referência ao passado profissional dele.
“Agora nós vamos fazer um plano, bater em cima de micro-patrocínios, e não mais de licenciamentos. Ou seja, dentro da segmentação de mercado, vamos buscar patrocinadores que sejam dos segmentos de seguros, farmácias, planos de saúde, e por aí vai”, acrescenta Peres a respeito do futuro da entidade, que, até hoje, conseguiu apenas aporte da Femsa, via Kaiser e Coca-Cola, para os quatro paulistas.