A Gerdau será uma das novas patrocinadoras dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A empresa já fechou os termos do acordo com o Comitê Organizador do Rio 2016 e deve anunciar o aporte oficialmente nos próximos dias, segundo apurou a Máquina do Esporte. Por enquanto, as duas partes não se pronunciam a respeito. Além da Gerdau, outras três empresas também já decidiram investir no evento e mais de dez outras mantêm negociações, uma informação que foi revelada pelo diretor executivo comercial do comitê, Renato Ciuchini, nesta semana.
A Gerdau entrará como patrocinadora do ramo de construção civil, já que possui atuação em siderurgia e metalurgia. Maior fabricante de aço da América Latina, a empresa teve uma receita líquida de R$ 39,9 bilhões em 2013, de acordo com números divulgados na última segunda-feira, dia 17 de março. A entrada para o rol de patrocinadoras do Rio-2016 faz parte dos projetos da empresa de investimento em esportes olímpicos. Por meio de ação social, a Gerdau tem apoiado algumas iniciativas em modalidades que fazem parte do programa olímpico.
O acordo com a Gerdau assegura ao Rio um novo incremento de receitas. Dos R$ 7 bilhões que serão gastos para realizar a Olimpíada no Brasil, 51% já foram garantidos por meio de parcerias, embora o foco das empresas na Copa do Mundo de futebol, em junho deste ano, tenha ofuscado a procura pelos Jogos Olímpicos, de acordo com o executivo do Rio-2016. “Se o Messi ficar gripado, é isso que vai estampar as capas dos jornais. Por que nós entraríamos nessa batalha, se sabemos que não é nisso que a imprensa está focada agora?”, comentou Ciuchini. A maioria dos patrocinadores, então, pretende começar a veicular as campanhas a partir de agosto.
O comitê do Rio 2016 já obteve 91% do valor que foi conseguido nos Jogos de Londres em 2012, US$ 1,16 bilhão. Naquela época, Sebastian Coe, presidente do Comitê Organizador da Olimpíada britânica, havia dito que se tratava do maior valor já arrecadado na história das Olimpíadas.
Ciuchini também falou publicamente sobre os protestos que ocorreram durante a Copa das Confederações, em 2013, e como isso pode afetar na busca por patrocinadores para o Rio 2016. “Se eu disser que isso não é uma preocupação, eu estaria mentindo. Nossos patrocinadores não estão apenas comprando espaços nos estádios e tentando receber o retorno disso. Estamos falando de um compromisso sério com o país”, afirmou
Na semana passada, a A EF Education First fechou parceria e se tornou um dos patrocinadores do Rio 2016. A escola vai fornecer serviços de idiomas e treinar cerca de 1 milhão de brasileiros para os jogos Olímpicos e Paralímpicos. Serão 110 mil profissionais e 900 mil voluntários. Mais companhias devem engordar a lista de patrocinadores em breve.