O movimento de estruturação de redes de franquias em times de futebol ainda não chegou ao Nordeste. Se todos os principais clubes de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, mais o Cruzeiro, em Belo Horizonte, estão em processo de criação de lojas nesse formato, naquela região, apenas o Bahia foi procurado, e as conversas pararam.
As duas empresas que mais se destacam na gestão dessas redes, Meltex e SPR Franquias, veem potencial no Nordeste para o desenvolvimento dessa espécie de negócio. Mas nenhuma delas conseguiu, até o momento, avançar sobre os clubes dos Estados que compõem o local. Por razões distintas, ainda não houve investimentos.
À Meltex, gestora das franquias do Grêmio e escolhida pelo Palmeiras para a mesma função, porém ainda sem a necessária aprovação da Adidas, a cultura nordestina é o principal entrave. Aquele mercado, dotado de características próprias, demanda estudos que ainda não foram feitos, segundo Samir Osman, diretor da empresa.
Para a SPR, responsável pelas lojas de Corinthians, São Paulo e Vasco, todas já em atividade, a principal razão por não ter direcionado o foco para o Nordeste são justamente as negociações ainda em andamento em outras regiões. Internacional, Flamengo, Botafogo, Fluminense e Cruzeiro demandam todo o tempo da companhia.
Tão logo as tratativas com esses clubes sejam encaminhadas, a tendência é que o foco seja direcionado para o Nordeste. A estratégia da SPR será captar sempre clubes rivais em paralelo, para que o negócio ganhe consistência e franqueados possam ter base de comparação. Bahia e Vitória, Ceará e Fortaleza, e assim por diante.