O suíço Gianni Infantino foi eleito o novo presidente da Fifa no congresso da entidade, que está sendo realizado em Zurique. O dirigente irá substituir Issa Hayatou, que ocupava o cargo interinamente após o afastamento de Joseph Blatter, suspenso pelo Comitê de Ética da Fifa em dezembro.
Atual secretário-geral da Uefa, Infantino derrotou o xeque do Bahrein Salman Bin Ibrahim Al-Khalifa. Os demais candidatos que estavam na disputa foram o príncipe da Jordânia, Ali Bin Al-Hussein, e o ex-vice-secretário da Fifa, Jérôme Champagne. O sul-africano Tokyo Sexwale retirou sua candidatura momentos antes da primeira votação.
O xeque Salman era o favorito do pleito por causa de seu apoio de boa parte das federações nacionais de Ásia e África. Infantino contou com apoio maciço da Europa.
“Vamos restaurar a imagem e o respeito à Fifa e todos no mundo vão nos aplaudir. Quero trabalhar com vocês para reconstruir uma nova era na Fifa, para colocar o futebol novamente no centro do palco. A Fifa passou por momentos tristes, de crise, mas esses tempos acabaram. Precisamos implementar reformas e a boa governança. Vamos ganhar de volta esse respeito com trabalho duro, compromisso para concentrarmos novamente neste jogo maravilhoso que é o futebol”, afirmou o dirigente, após ser eleito.
Nenhum dos candidatos conquistou dois terços dos votos (138 escolhas) na primeira rodada da eleição. Infantino liderou, com 88 votos, seguido do xeque Salman, com 85, do príncipe Ali, com 27, e Champagne, eliminado no primeiro turno, com 7.
Foi a primeira vez que a eleição chegou à segunda rodada desde a eleição de João Havelange sobre sir Stanley Rous, em 1974. A partir daí, era necessária apenas a maioria simples, ou seja, 104 votos. Foi aí que Infantino ganhou o pleito, com 115 votos, contra 88 do xeque Salman.
O dirigente será o segundo suíço a comandar a Fifa, depois de Blatter. Advogado, de 45 anos, Infantino nasceu em Brig, na região de Valais, cidade que fica a menos de 10 km de Visp, terra natal de Blatter.