A briga pelas principais ligas do esporte americano tem esquentado o mercado de streaming do mais rico país do mundo. A disputa tem envolvido as principais marcas do mundo digital e das redes sociais e ganhou fôlego na última semana: o Google fechou uma parceria que ampliará a presença de jogos no YouTube.
O YouTube TV, plataforma de streaming do Google, fechou uma parceria com a Turner e passou a integrar em seu portfólio a MLB, liga de beisebol dos Estados Unidos, e a NBA, liga de basquete. O serviço, ainda indisponível no Brasil, custava US$ 35 ao mês, um pouco mais de R$ 100, e oferece conteúdo de algumas das principais emissoras americanas, o que inclui canais como ESPN e Fox Sports. Com o incremento das novidades esportivas, a mensalidade irá subir para US$ 40.
O acordo com a Turner levará partidas da NBA ao YouTube TV por meio de canais como o TNT, mas também distribuirá conteúdo dos canais de streaming das ligas, como a MLB.TV. Outras marcas esportivas, com menos apelo nos Estados Unidos, também estão inclusas no acordo, caso do PGA Tour, de golfe, e da Liga dos Campeões da Europa, de futebol.
Por esse avanço do YouTube TV, uma das propriedades disponíveis para venda no streaming no país ganha cada vez mais atenção. Após o acordo com a Amazon, a NFL mais uma vez colocará à disposição do mercado o jogo de quinta-feira da liga de futebol americano. Na última temporada, a gigante de ecommerce tirou das mãos do Twitter o direito de exibição da “Thursday Night”. Neste ano, a briga deverá ser ainda maior.
Segundo informação divulgada pela Variety, a NFL tem quatro propostas em mãos. A Amazon tentará renovar o acordo, enquanto o Twitter tentará recuperar a propriedade. O YouTube está focado em somar mais uma atração esportiva ao seu sistema de streaming. E, por fim, a empresa de telecomunicação Verizon negocia para oferecer as partidas para celulares.
Os valores envolvidos ainda estão longe do que arca a televisão para ter a NFL. Hoje, as quatro emissoras que exibem os jogos somam US$ 40 bilhões pelo acordo válido entre 2014 e 2022. Nos bastidores, especula-se que a Amazon tenha arcado com US$ 50 milhões pelas partidas da última temporada, exibidas para os assinantes do sistema Prime Video.
Agora, a NFL deverá aproveitar o aquecimento do mercado para fechar um contrato de streaming mais longo. E, assim, a categoria ganhará cada vez mais importância financeira à liga.