Na última semana, a francesa Decathlon convidou a Máquina do Esporte para visitar a sede da empresa. Além de exibir o método de pensar, produzir e crescer, a empresa mostrou uma relação diferente de consumir o esporte, uma cultura que o europeu possui e o brasileiro ainda desenvolve.
Isso não significa que existe uma relação diferente em relação ao esporte em si. A paixão pelo futebol e pela prática ao ar livre é semelhante no interior da França ou em Copacabana. Mas a procura por instrumentos esportivos parece estar em outro patamar.
E o potencial de mercado no Brasil deixa isso muito claro. A própria Decathlon tem crescimentos de 30% ao ano no Brasil, e não é exceção. A Centauro espera um crescimento de 22% em 2014. Entre 2009 e 2012, a Netshoes conseguiu multiplicar por seis o faturamento. Mesmo em um varejo em acentuada ascensão na última década brasileira, os números impressionam bastante.
A grande questão é que, diferentemente do que acontece com o mercado da moda, por exemplo, o esporte ainda mostra muito fôlego para crescer. Em São Paulo, há um exemplo simples disso: há uma grande possibilidade de a relação do paulistano com a bicicleta subir bons degraus. O consumo, lógico, acompanha.
Mas o suprassumo deverá ser 2016. A overdose de esporte em alto rendimento poderá ser usada em peso pelo mercado esportivo para que as pessoas adotem hábitos renegados outrora. E, então, o varejo possa continuar almejando números expressivos.