As grandes empresas estão cada vez mais longe do vôlei. Neste mês, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) apresentou os times que disputarão a Superliga e, aos poucos, cada clube vem apresentando o elenco e as novidades. E fica mais claro que as marcas conhecidas do grande público ficam cada vez mais escassas.
Neste ano, entraram para a lista a Vivo e Amil. Na empresa de telefonia, a decisão foi por priorizar o futebol e sair do vôlei. Já a empresa de saúde alegou, na época, que passava por um reposicionamento de marketing; o patrocínio durou apenas duas temporadas. A Vivo, por outro lado, fez o suporte por 16 anos.
O Amil Vôlei, sediado em Campinas, deixou de existir. Foi o mesmo caminho de RJX, que perdeu o Grupo EBX em 2013. A saída de grandes marcas foi constante nos últimos anos, o que acarretou na extinção de diversas equipes. Empresas como Sky, Cimed, Medley e Reunidas, da família Constantino, deixaram a modalidade.
Parte dessas marcas surgiu exatamente em um momento de crise do vôlei brasileiro. No fim da década de 2010, empresas já tradicionais no esporte deixaram a modalidade, em meio à crise financeira da época. Foi o caso de Finasa, Brasil Telecom e Ulbra. Na época, a CBV chegou até a soltar um comunicado oficial: “Não há motivo de pânico”, avisava.
Nesse momento, a própria CBV vive um período de crise graças às denúncias de improbidades envolvendo o contrato com o Banco do Brasil. O fato derrubou o superintendente Marcos Pina; o presidente Ary Graça já havia renunciado ao cargo. Nos clubes, Brasil Kirin, Unilever, Nestlé e Sada aparecem como as marcas que resistem ao atual momento.