Há alguns anos, a Heineken pode se orgulhar de ser uma produtora de vídeos virais, um objeto de desejo das marcas. Com a Liga dos Campeões como pano de fundo e com bom humor, a fórmula vem dando certo. Neste ano, a filial brasileira replicou o modelo, fez o próprio vídeo e conseguiu um êxito maior do que a matriz.
O vídeo “Cliché”, que exalta a torcida de mulheres na Liga dos Campeões da Europa, teve 22 milhões de visualizações, um recorde para a marca em todo mundo. Somente no Facebook, foram 17 milhões. A empresa ainda comemorou o fato de que 42% das visualizações foram orgânicas, o que dá medida da repercussão do filme.
Em conversa com a Máquina do Esporte, a gerente de marketing da Heineken Brasil, Renata Silva, também ressaltou o objetivo principal de chegar ao público feminino, que hoje representa 40% dos consumidores da cerveja holandesa no Brasil.
“Tivemos uma receptividade muito boa. O modo que nós avaliamos isso é por comentários nos vídeos. É um modo de termos uma avaliação qualitativa da campanha. E a resposta foi bastante positiva”, comentou a executiva.
Silva lembrou que chegar ao público feminino já era uma diretriz assumida pela empresa havia algum tempo. Em 2014, a empresa sofreu com críticas por uma campanha que dava desconto em sapatos para mulheres durante a final da Liga dos Campeões. Desde então, o sexismo deu lugar a um discurso includente, que contou até com uma mulher salvando a pele do agente James Bond.
A executiva também comentou o uso de pessoas contratadas para fazer o vídeo “Cliché”, fato revelado pela Máquina do Esporte. “Precisávamos fazer um casting para saber se o casal era estável e gostava de futebol. E, legalmente, precisávamos nos resguardar do direito de imagem. Mas pagamos bem menos do que pagamos para um ator fazer um comercial convencional”, contou.